De um número oculto incluso no único,
o registro existe num mundo fantástico
pontua no movimento vento da oblíqua
e passeia nas retas das curvas da Terra.
De história e memória anterior à fotografia
sou irmã da natalidade, filha da natividade
rastreio o caminho para a luz da divindade
sou a que se opõe, quando sente que erra.
Tanto amei, ah! Como tanto amei, e assim
procriei, feminina, fundei minas e minérios.
No universo virtual invento o espaço aéreo,
de manto eletrônico e veste transcendental,
minha esfera elétrica tem reserva de bateria
que ativo em período integral, império real.
Do corpo ardente no meio do fogo sagrado
adubo a raiz na fonte matriz da liberdade.
Marca digital diferente da sua impressão
que some de transparente e no entanto
é mais que evidente o rumo da pulsação.
Explícita é a assinatura divina, sem rasura
do amor flagrante em caligrafia dourada
e na frequência do coração, carimbada.
Foto da Spiral Jetty, de Robert Smithson, 1970.
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