A senhorinha com a sacolinha, cansada
dentro do lotação, paciente, rezava
"andei demais, agora só quero paz", dizia
sentada com sua cruz, envolta na própria luz.
Estendi a bandeira da paz, invisível
atravessamos a multidão, incontável
desfilamos nossa intenção, incógnitas
o céu permitiu, a lua assistiu, impassível.
No silêncio das alamedas, eu e elas
a lua, a bandeira branca e a senhora
tomou mais um chá, o chá de cadeira
chegará em casa fora da hora, à zero hora...
descemos na raça a Consolação, consoladas.
Dione Scarpelli
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