Eu me chamo vida e não tenho nenhuma idade
as vezes eu sou menina, em outras já sou saudade...
Gosto de senti-la plena por isso me chamo assim
ela que é tão florida, é meu canteiro, meu jardim.
Respiro perfume, escuto cantigas, exalo gingado
sabor com tempero de gosto apurado, refinado.
Eu me chamo mar quando estou por lá,
viro concha, nado a onda, pronta pra navegar.
Tenho bichinhos bonitos, tenho saúde e ideia
faço cor nascer na flor, sou ação com a criação.
Sou a sensação do passeio no giro do carrossel
e o vento quando bate e leva os cabelos ao léu.
Posso ser o céu sempre que contemplo
atravesso o véu e viro passarinho, posso ser tudinho.
Caio bem fininha feito uma chuvinha quando sou refresco
moro numa praça e no plenilúnio, sou o arco-íris e a foz.
Eu sou a graça do passo que passa pois
levo um passageiro: o amor pro mundo inteiro.
Imagem da Foz do Iguaçu, no Paraná, Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário