Há muito tempo foi dito sobre o julgamento
e o homem, se acha pronto. A raça homem.
Sente-se preparada para julgar, exerce a avaliação
rotineiramente, na ironia, bisbilhotando amiúde...
Acha-se sábia, a raça, penetra por misteriosos átrios
tira suas conclusões e bate o martelo.
Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três:
Silêncio no Tribunal! Será proferida a sentença!
Qual é a decisão? Culpado ou Inocente?
Qual é a pena? Qual é o preço? Quanto vale, doutor?
Meu senhor, minha senhora, Vossa Excelência,
jovem senhora, moço senhor, por exigência,
poderão tomar alguma cabida providência?
Foram consideradas as circunstâncias? Sem importância?
Como adquiriu a licenciatura para o uso da magistratura?
Mas isto aqui é um julgamento ou é um leilão?
Imagem: Escultura da Justiça, feita em 1961 pelo artista Alfredo Ceschiatte,
localizada em frente ao Prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, Brasil
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