Ele chegou antes dela,
usava um serrote na mão
havia uma madeira apoiada
entre a cadeira e a mesa,
Ouvi o ruído habilidoso...
Quando cheguei, ele parou com tudo
e abriu-me os braços no ambiente claro,
aproximei meia face ao seu peito,
a camisa semi-aberta,
abrigou-me a orelha e o ouvido...
Reparou como estou? Disse-me sorrindo.
Alisei seu rosto bonito, a barba bem feita,
a pele suada, a presença renovada, cheiro limpo.
Que alegria! Contou-me da purificação,
disse que teve um sonho, falou o nome da mãe.
Na noite do sono reparador,
ao enviar raios de luz, por baixo do cobertor,
pro mundo e pra ela, a filha mais velha,
que agora completou vinte,
eu tive um sonho de amor.
Dione Scarpelli
Usei a imagem que peguei no Google
que bem retrata a arte da marcenaria.
Desconheço a autoria.
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