Nem lança rede tão cedo
pois depois do expediente
desfaz a aparência exigente,
cria o compêndio do oráculo,
monta guarda na madrugada.
Sem óculos mas de binóculo
quer o que pensa não ter:
saias soltas e joelhos,
pele lisa, tornozelos,
pés macios e cheiro,
farejador de aromas.
Faz vigilância da lua e
fecha os olhos na rede.
Amanhece morto de sede
e atira no mar a outra rede,
aquela que recolhe estrelas ou
conchas que desprendam pérolas,
sementes se espalham na areia onde
ele plantou garimpo, depois a maré passa a limpo...
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