Levo comigo um pedaço de céu
é antigo, longínquo...
Certa vez ele me piscou,
quando só havia em volta o cinza
e paredes desmoronadas...
Ao pendurar roupinhas no varal,
as bandeirinhas no quintal,
olhei pro alto e lá estava:
o olho azul de uma pintura
que me chamava, iluminava...
Desde então que me acompanha
seja na alegria ou no drama
é a expectativa da amplidão
o sossego, a consolação, a solução.
Levo junto um pedaço de céu
na expectativa de transcender o véu...
Imagem: Obra de Volpi
Nenhum comentário:
Postar um comentário