Feliz por estar assim
dentro do intervalo,
no silêncio,
agora menos raro
que habita em mim.
Talvez você perceba
entre uma palavra e outra
eu dando pequenos pulos
em saltos de cambalhota.
Quem sabe pode sorrir...
Feliz por sentir saudade
e por não te ter aqui
pois então não saberia
que eu poderia
vir a viver liberdade.
Feliz quando a melancolia
afasta-se em cantoria
de cantigas tão sofridas
de dores de despedida
da discórdia, agora antiga.
Feliz por olhar a lua
em plena luz do dia
e a borboleta
a aquecer as asas
e a poesia
a aquecer as minhas.
Feliz por não ter medo da vida
que, renovada a cada instante
me leva a seguir adiante
promove a maravilhosa viagem,
centrada, sou amor e coragem.
Desenho da galeria de Fernando Oliveira
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