corre, corre, corre,
onde, onde, onde
depressa, já
chegou,
chegou?
Feriram você, senhor? Logo o senhor
que sabe tudo o que viu... Que horror!
Não sabe depurar a dor? Sabe mentir?
Isso é lamentável, mas não é irremediável
mude o verbo enganar para o verbo sentir.
O ódio virou ancião, está mesmo bem antigo
bem diferente do amor, ele não é nada amigo
agora ele é caduco, faz uso de bengala e tudo
procura desesperado uma porta que dê saída
e deixa abandonada uma importante ferida.
Mas o amor é bom sujeito, amigo do peito
pra tudo ele dá um jeito, até para despedida
o amor não fica velho pois ele não é tão sério
de renascimento constante, resolverá tudo isso
talvez coloque no fundo de um vagão de locomotiva
que de tão antiga, sem controle remoto ou manutenção
acabe ficando esquecida nos trilhos enferrujados do tempo
com o ódio dentro, sem discernimento, inconsequente, vagando
até que o amor mostre ao ódio a semente que germina gente quente...
Imagem: Maria Fumaça bem antiga
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