Hoje ouvi a história da águia Olímpia, que entra em campo antes dos jogos da equipe Lazio no estádio Olímpico, em Roma, na Itália e dá algumas voltas no alto, ao redor do gramado antes de pousar sobre o símbolo do time ou nos braços do seu treinador. Soube que seu voo causa enorme comoção nos espectadores pela magnitude e beleza, aliadas ao amor pelo time por seus torcedores. Ouvi uma reflexão interessante sobre a proporção do voo, o limite entre o amor e o respeito pelo treinador da ave, a possibilidade do possível voo no sonho do adestrador e a expectativa do voo ilimitado. Olímpia tem o voo sob controle, tem rastreador e só fugiu uma única vez retornando uma hora depois para a tranquilidade de todos. Ela cresceu nos apegos da custódia humana e talvez não sobrevivesse sozinha se a fuga fosse efetiva. Voa o seu adestrador por suas asas, voa a águia no limite por respeito acordado pela sobrevivência. E o voo ilimitado pertence aos entregues no infindável amor divino. Sou a frágil águia a espera do efetivo voo pela liberdade entregue ao meu amado adestrador, meu Deus de bondade. Nas lições diárias formatamos as asas, arriscamos o voo e o pouso, encaramos os limites. Entrego-me ao treinador, de olhos fechados, com a mão no fogo.
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