Sei que aqui descansa,
encontra o que não há no mundo.
Quando não tiver pra onde ir,
venha nutrir-se aqui, neste espaço.
Terá abrigo, o que quiser escolher:
porão, sótão, caverna, vagão,
horizonte, casaco de pele,
nuvens de colchão.
O poema é mais que cama.
Atravesse para o lado oculto,
conhece a senha, a água fresca.
Entre pela fresta estreita
e fique um pouco.
Fique a ouvir meu coração,
no meu silêncio,
no teu momento vazio.
No seio da imensidão
onde tudo se renova, estou.
O poema é montanha!
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