Divina fonte, foz de vazão inesgotável,
obra frequente de aquarelas mutantes,
auroras constantes de amor infindável.
Rainha dos pássaros e de tantas cores,
espelha no lago o brilho em movimento,
espalha no vento teu ritmo existencial.
Molha a semente que brota e não geme,
sustenta o crescer dando apoio à raiz
regala a fartura da exuberante colheita.
Transbordante vida, que renova criaturas
e arrebenta redes em cardumes imensos,
transporta no barco a essência do amar.
Fonte, que reflete nas pedras a luz do luar
e espalha na areia grãozinhos brilhantes,
faz desta voz riacho de canções serenas.
Que umedeça o pó do deserto distante,
aplacando a ânsia no sussurrar amável
vertendo-se em ondas de água potável.
Dione Scarpelli
Imagem: Cataratas do Erawan na Tailândia
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