Estava vendo nascer a lua no
brilho da pedra enquanto te lia.
Vi uns pontos verdes de musgo
úmidos no veludo da nostalgia,
do desencanto frente ao novo.
Tocou o palpar da melancolia,
a ausência da presença pura
da luz empoeirada da cultura.
Prática, ouro dentro do vício,
grandeza que acalora, habitua
e distancia do agora da aurora,
inaugura um voo que não flutua
antes que venha o calor da fonte.
Lento é lapidar a pedra ao natural
mas ela reflete o esplendor da lua.
Sentinela do saber o que procura?
Pretende na fornalha íntima sentir
as plumas que aquecem sonhos?
E caibam no cerne da tua calma
e acalmem a ânsia do que virá.
Dione Scarpelli
Poesia fabulosa, sou encantado por musgo!
ResponderExcluirObrigada Gabriel Araújo.
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